Reforma da Previdência: cronologia da luta
Via UJC São Paulo
Em Dezembro de 2016 foi apresentado o Projeto de Emenda Constitucional 287/16, a “reforma da previdência”[1]. Este é mais um dos ataques do governo Temer aos trabalhadores.
Porém, é possível impedir a aprovação desta medida através da luta. A mudança de postura e recuos do governo devido à mobilização dos trabalhadores fica evidente mesmo nas manchetes da grande imprensa burguesa. Por mais que tentem disfarçar colocando um ‘especialista’ dizendo o quanto a reforma ‘é necessária’, fica óbvio que os trabalhadores são contrários a essa medida, estão lutando contra os ataques e essa luta está surtindo efeitos.
-15 de Março de 2017: o “planalto” via “com tranquilidade as manifestações contra a reforma da Previdência que tomaram várias cidades”. E ainda dizia se tratar de “setores minoritários da sociedade” se manifestando contrários à reforma da previdência.[2]
-Dia 21 de Março de 2017: Temer anuncia que a reforma excluirá servidores públicos municipais e estaduais. “na tentativa de facilitar a tramitação da reforma no Congresso.”[3] Esse recuo deixaria 86% dos funcionários públicos de fora da reforma da previdência[4]. Dentre as diversas justificativas por esse recuo, uma não foi dada: o funcionarismo público é um dos setores da classe trabalhadora mais mobilizado. Esse recuo, portanto, seria uma forma de enfraquecer a mobilização contra a reforma. Ou nas palavras do líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB): “Tirar servidores da reforma foi estratégia.” [5]
-Dia 27 de Março de 2017: centrais sindicais anunciam a organização de uma greve geral contra os ataque do governo com início no dia 28 de Abril.[6]
-Dia 31 de Março de 2017: Ocorrem manifestações organizadas por centrais sindicais e movimentos populares em diversas cidades do país. A pauta: contra os ataques do governo aos trabalhadores. Um grande dia de paralização ocorre. [7]
-Dia 6 de Abril de 2017: Há 22 dias do dia 28 de abril, o relator da reforma da previdência na câmara anuncia mudança em cinco pontos:
1)Regras para trabalhadores rurais;
2)Benefícios de prestação continuada;
3)Pensões;
4)Aposentadoria de professores e policiais;
5)Regras de transição para o novo regime previdenciário.[8]
Desta breve cronologia pode-se perceber que, sim, as lutas têm resultados. O governo recuou e foi graças à pressão dos trabalhadores organizados. Porém, ao mesmo tempo em que o governo recua, ele o faz de maneira estratégica a fim de desmobilizar a luta contra seus ataques. É nosso dever não ceder. Lutar até que a reforma deixe de existir. Não queremos ajustes nela. Queremos seu FIM.
É nosso dever construir a greve geral no dia 28 de Abril junto aos trabalhadores. E sim, é possível derrotar essa medida. Nem a mídia burguesa consegue esconder isso, por mais que ela tente.
Rumo à greve geral!
Por nenhum direito a menos!
Pela construção do Poder Popular!
Fontes:
[1]http://www.camara.gov.br/
[2] http://exame.abril.com.br/
[4] http://exame.abril.com.br/
[5] http://exame.abril.com.br/
[6] http://
[7] http://exame.abril.com.br/