Por autodeterminação e soberania dos povos já! Solidariedade internacionalista aos povos saarauís e ao povo Palestino!
Por isso, convocamos o conjunto dos movimentos e organizações a intensificarem as mobilizações pela autodeterminação dos povos e contra às guerras, em solidariedade ao povo Palestino.

Há muitos anos, denunciamos as guerras em todo o mundo e os impactos sobre as vidas de homens e mulheres e manifestamos solidariedade internacionalista ao povo palestino e às mulheres saarauís. Para nós, a autodeterminação e soberania dos povos é premissa organizativa e nos direciona em todas as trilhas de posicionamento e auto-organização política.
Reunidos no 71º CONEG da UNE, em abril de 2025, expressamos nossa mais profunda solidariedade ao povo palestino, vítima de um genocídio brutal conduzido pelo Estado de Israel. Desde outubro de 2023, milhares de vidas foram ceifadas em Gaza e na Cisjordânia, e os crimes de guerra seguem se aprofundando.
Neste 17 de abril, Dia do Prisioneiro Palestino, denunciamos o desaparecimento forçado, a tortura sistemática e a execução de prisioneiros — incluindo mulheres, crianças e doentes — por um regime de apartheid liderado por criminosos de guerra como Ben Gvir. Nas celas das prisões, mais de 9.900 pessoas resistem em condições desumanas, pagando com a vida o preço de defender seu povo, sua terra e sua dignidade.
A atual ofensiva israelense em Gaza resultou em mais de 120 mil palestinos desalojados e já ceifou centenas de vidas de pessoas nos dois territórios. Não é possível estabelecer a paz nessa região sem justiça e sem reconhecer todos os tratados que Israel nunca assumiu.
Não acreditamos na saída militarizada, mas compreendemos a reação armada de um povo que vive um processo histórico de massacre e opressão.
Em meio à guerra, as mulheres saarauís tem papel fundamental na produção e garantia da sobrevivência material, na administração e gestão de boa parte do território, nos protestos e denúncias pacíficas às perseguições, cárceres privados e todos os tipos de violências impostas aos/às ativistas que lutam pela desocupação do território. As mulheres saarauís são símbolos de resistência, não apenas para seu povo como para todas as mulheres do mundo.
Nossa dor e nossa luta são a luta das mulheres saarauís por liberdade, porque nós, mulheres brasileiras, sabemos bem a força que precisamos e temos para sobreviver. Elencamos táticas e estratégias desde que nascemos no intuito de passar por nossas próprias vidas minimizando as violências sofridas e lutando para que outras mulheres sobrevivam às violências que elas sofrem.
A luta histórica em defesa do povo Palestino e pela autodeterminação das mulheres saarauís deve ser um elemento central e de marco histórico no todo das organizações do Movimento Estudantil e Movimentos Sociais.
Por isso, convocamos o conjunto dos movimentos e organizações a intensificarem as mobilizações pela autodeterminação dos povos e contra às guerras, em solidariedade ao povo Palestino.
Palestina livre já! Pelo reconhecimento da República Árabes Saarauí Democrática!