Nota política: Sionismo na UFS - Repúdio à pesquisa do professor Rodorval Ramalho. Toda solidariedade a luta do povo palestino!

O PCBR e a UJC e os estudantes que se solidarizam com a causa palestina repudiam veementemente essa pesquisa e seu conteúdo distorcido, que serve à propaganda sionista. Denunciamos a tentativa de legitimar os crimes de Israel e justificar o genocídio palestino.

Nota política: Sionismo na UFS - Repúdio à pesquisa do professor Rodorval Ramalho. Toda solidariedade a luta do povo palestino!
Foto: PCBR e UJC em Sergipe.

Nota política da União da Juventude Comunista (UJC) e do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) em Sergipe

Nos últimos dias, uma pesquisa elaborada pelo professor Rodorval Ramalho do departamento de Ciências Sociais, foi divulgada em diversos grupos da Universidade Federal de Sergipe, intitulada como uma "Pesquisa sobre o conflito no oriente médio - Israel X Palestina". Dentro dessa pesquisa, encontra-se um questionário sobre o "conflito" do oriente médio com perguntas supostamente imparciais sobre o cenário atual e qual a opinião dos alunos sobre o tema.

Na pesquisa, existe um texto introdutório que cumpre a função de distorcer totalmente o histórico real sobre o que aconteceu e o que atualmente é praticado por 'Israel' em território palestino. Afirmações presentes no texto como: “Embora a Organização das Nações Unidas (ONU) tenha criado dois Estados, em 1948, o de Israel e o da Palestina, tal divisão não foi aceita pelos árabes, que desde então entraram em guerra contra o Estado de ‘Israel’”. Esse trecho distorce, achata e simplifica a realidade histórica, servindo aos interesses do sionismo. Ela omite propositalmente todo o caráter colonialista da criação do estado de “Israel” na Palestina. Processo que inclui perseguição, violência e terror promovido pelo Estado genocida de 'Israel' contra o povo palestino, que em resposta a tomada colonial de sua terra, se levantaram e criaram frentes de resistência. Além disso, o processo de divisão de terras definido pela ONU foi totalmente desfavorável ao povo palestino, que ficou com a menor e mais precária parte de terras, mesmo tendo a maior população.

Outro trecho do texto que destacamos aqui é: “A última grande iniciativa beligerante veio da parte do Hamas, um grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza, quando atacou civis no território israelense no dia 07 de outubro de 2023, matando mais de 1.200 pessoas, entre elas mulheres, velhos, jovens e crianças, além sequestrar 250 pessoas. A reação de Israel foi imediata e acrescentou milhares de vítimas ao conflito.” afirmação que expõe outra faceta que o colonialismo sionista busca vender. Desde a década de 1940, o território palestino sofre com ocupações ilegais violentas, sustentadas através de prisões sem julgamento, assassinatos e agressões, dando destaque ao evento denominado “Nakba” (palavra árabe para “catástrofe”) onde mais de 80% da população palestina que vivia no território que se tornaria “Israel” teve suas terras tomadas ou fugiram de suas casas e se tornaram refugiados, diversos massacres foram executados pelas forças sionistas como o Massacre de Deir Yassin. Desde os eventos fundantes da Nakba há 77 anos, o povo palestino luta por sua autodeterminação e por condições de vida dignas de seres humanos.

Atualmente, pesquisadores afirmam que militares israelenses estão matando 250 palestinos por dia, isso sem mencionar os que estão ameaçados pelo frio e pela fome, já que “Israel” bloqueou as ajudas humanitárias e fez da Faixa de Gaza um campo de extermínio a céu aberto.

O massacre do povo palestino dura mais de 600 dias, e ver uma pesquisa grotesca com um texto totalmente distorcido e abominável como essa advindo de um professor do departamento de Ciências Sociais é de causar indignação e procede como um recado para ficarmos em alerta. Não seremos coniventes com afirmações do tipo. Lugar de sionista não é no Departamento de Ciências Sociais e nem na Universidade Federal de Sergipe.

Destacamos a cobertura que vem sendo dada ao massacre palestino no Jornal O Futuro e no site Em Defesa do Comunismo, onde existem atualizações diárias sobre o conflito, pois é necessário um olhar incessante sobre um povo que vive em regime de Apartheid e estão em um processo de limpeza étnica aberto.

O PCBR e a UJC e os estudantes que se solidarizam com a causa palestina repudiam veementemente essa pesquisa e seu conteúdo distorcido, que serve à propaganda sionista. Denunciamos a tentativa de legitimar os crimes de Israel e justificar o genocídio palestino. Não aceitaremos a normalização e manipulação com o fim de disseminar o sionismo em nossa universidade. O sionismo deve estar fora da UFS e ser derrotado!

Do Rio ao Mar, a Palestina será livre!