Construção da UJC em Mato Grosso do Sul

Construção da UJC em Mato Grosso do Sul

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No estado de Mato Grosso do Sul existe uma forte tendência ao conservadorismo social e político, que pode ser ilustrada pela naturalização do massacre dos povos indígenas, bem como na resistência ferrenha à demarcação das terras aos povos do campo em nome do desenvolvimento do agronegócio. Outro exemplo do mandonismo e da “politica de cabresto” vigente na cultura do estado é a agressão sofrida por um professor universitário da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) pelo prefeito da cidade de Paranaíba (interior do estado) por se posicionar contrariamente à abertura do curso de Medicina Veterinária.

Diante da conjuntura local de agravamento do conservadorismo, nos articulamos como grupo em virtude de nossas afinidades políticas e ideológicas, entendendo ser necessária a participação ativa nos movimentos políticos de juventude pautando-nos na atualidade do comunismo enquanto referencia teórico-política. Assim por meio de reuniões, de estudo e de aprofundamento da crítica da sociedade além de apreender o projeto político da UJC e consoante às resoluções congressuais, construímos nossas ações para nossa realidade presentes nas diferentes frentes de luta, dentre as quais se destacam “movimento estudantil”, “jovens trabalhadores” e “frente cultural”. Entendemos que há uma necessidade de melhor articulação de todas essas frentes de luta em nosso contexto mais local, principalmente a construção de um movimento de juventude que transcenda a esfera do movimento estudantil.

No mês de junho, alguns membros deste grupo foram a cidade do Rio de Janeiro (RJ) e entraram em contato com membros da UJC e do Comitê Central do PCB. Comprometemo-nos com a tarefa de realização de um evento aqui em Mato Grosso do Sul (evento este realizado no dia 31 de agosto) que debatesse Juventude e a Luta de Classes. Estiveram presentes camaradas de diversas cidades de MS e da cidade do Rio de Janeiro.

Compreendemos que existe uma carência da organização e articulação dos movimentos de juventude a partir de um recorte anti-capitalista no estado de Mato Grosso do Sul. Para uma organização da juventude que se propõe revolucionária, como é o caso da UJC, tal tarefa implica desafios. Tais desafios, decorrentes das tarefas históricas de construção do comunismo, longe de eliminar sua viabilidade, reforça-a. Se são tarefas difíceis, são porque elas correspondem a interesses que são estranhos a ordem capitalista, são interesses que demandam a construção de uma outra sociedade. Uma sociedade que supere os problemas e contradições do capitalismo e esteja a serviço dos trabalhadores de todo o mundo.

ESTUDAR, ORGANIZAR E CRIAR O PODER POPULAR!”